Opa! Tudo bem?
Vamos voltar ao trabalho aqui no clave, já deu tempo de vocês sentirem saudade.
Retomo então nossa jornada da mesma forma que o protagonista desse livro retorna à velha casa das Hempstock: Novamente para ser mergulhado pela sua amiga Lettie. Talvez essa frase não faça sentido algum agora e nem no fim desse post fará mas quando você ler esse livro provavelmente sorrirá com o canto da boca e balançará a cabeça, soltando um “Aaaaahhh... entendi!”.
Será que já ganhei a oportunidade de te fazer entrar nessa história?
Se ainda não, deixe com que os conduza por essa corrente dos meus pensamentos e quem sabe ganhar a chance que quero.
Um homem, com cinquenta anos, acaba sair de um velório de família, no condado de Sussex, iria para a casa de sua irmã para encontrarem pessoas que ele não via há muito tempo, para falar sobre coisas que ele não falava para elas há muito tempo: família, separações, como os filhos haviam crescido.
Coisas que uma pessoa com seus cinquenta e poucos anos fala para alguém que não vê durante boa parte da vida. Seu corpo então o guia até a rua da sua velha casa, que não é a mesma que seus pais venderam há alguns anos atrás pois depois da reforma que fizeram ele nunca considerou aquela casa reconstruída sua verdadeira casa.
Ele passa por ela e no fim do caminho encontra a velha casa das Hempstock, onde ele lembrava de ter visto há muito tempo atrás quando era criança e ia com a sua amiga que era quatro anos mais velha que ele. Entrando na propriedade ele começa a relembrar esse tempo e de como Lettie chamava o lago no fundo da casa de Oceano. Assim que se inicia trama do livro com lembranças.
Esse livro não será para todo mundo. É necessário um esforço de imaginação e abstração para deixar que a história faça importância para você.
A primeira parte do que eu queria falar sobre o livro termina aqui. A partir de agora teremos Spoilers, citações e reflexões diretas ao conteúdo da obra.
Estou avisando novamente! Pode conter partes cruciais da história daqui pra baixo!
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Decisões criativas
Neil Gaiman como sempre apostando na nossa imersão, não quis explicar uma só linha sobre o mundo magico. Fez com que nos tornássemos crianças e aceitássemos as coisas, simples assim: É assim, porque é. A magia toda fica em segundo plano e faz com que possamos nos importar mais com a história. O nosso personagem principal não tem nome, mas isso não faz a menor diferença na minha opinião, só nos faz entrar mais na realidade dele.
Partes Preferidas
- Cena de ação: A cena da luta contra Úrsula enquanto o personagem principal caminha em direção a fazenda das Hempstock
- Cena mais emocionante: Quando a mãe de Lettie a entrega para o oceano
- Cena mais emocionante: Quando a mãe de Lettie a entrega para o oceano
- Cena de tirar o fôlego: As pragas cercando o personagem principal, enquanto ele não pode sair do anel das fadas
- Cena mais engraçada: A cena de constrangimento do nosso personagem principal dentro da casa das Hempstock Naquela situação eu teria me sentido exatamente como ele se sentiu
- Cena que me deu medo: Quando o personagem principal e Lettie enfrentam Úrsula em seu quarto
- O fim: A história termina deixando um vazio no peito. você buscando encontrar a felicidade naquele fim e quando li o epilogo fui pego desprevenido e me senti como o personagem que conta o livro quando Ginnie fala “Lettie fez algo muito importante pra você. Acho que só quer saber tudo que aconteceu depois, e se tudo que ela fez valeu a pena”. Eu escutava dentro de mim a mesma pergunta sobre minha vida até o momento que lera aquele trecho.
- Meu personagem preferido: Claro que foi Lettie. Sua sinceridade e prontidão para fazer o que fosse preciso para tudo estar em ordem era uma coisa especial.
- Cena que me deu medo: Quando o personagem principal e Lettie enfrentam Úrsula em seu quarto
- O fim: A história termina deixando um vazio no peito. você buscando encontrar a felicidade naquele fim e quando li o epilogo fui pego desprevenido e me senti como o personagem que conta o livro quando Ginnie fala “Lettie fez algo muito importante pra você. Acho que só quer saber tudo que aconteceu depois, e se tudo que ela fez valeu a pena”. Eu escutava dentro de mim a mesma pergunta sobre minha vida até o momento que lera aquele trecho.
- Meu personagem preferido: Claro que foi Lettie. Sua sinceridade e prontidão para fazer o que fosse preciso para tudo estar em ordem era uma coisa especial.
Pontos a serem pensados
Provavelmente você notou que falei muito que o livro me fez voltar a infância. Não foi apenas isso ele me fez pensar na vida em si. Fez refletir como cada momento de nossa vida interfere de forma constante no nosso futuro. Lembrei das coisas que movimentavam quando criança e uma delas que nunca me abandonou e que motiva até hoje é a imaginação. A capacidade de deixar a mente buscar possibilidades infinitas. Quer ver? Então viagem comigo para essas analogias que se passaram na minha cabeça e que para mim fizeram sentido. Claro que nada aqui foi inventado foi apenas ligado um ponto em outro mas foram pontos ligados por mim, então pode ser uma grande viagem minha.
Lettie, sua mãe e sua avó são a representação das três velhas fiadeiras da mitologia gregas, aquelas que tem o fio da vida de cada e decidem quando cortarão o fio. Elas são representadas assim pois simbolizam a infância, a juventude e a velhice. Uma coisa que me fez chegar a essa ideia foi o nome da família: Hemp ( que em português significa cânhamo, no campo têxtil serve para fazer fibra, fio ou tecido) Stock( esse é fácil, significa estoque), Então elas seriam a família do estoque de fios. Claro que o fato do Neil Gaiman utilizar essas figuras em outras obras suas me fez fazer essa ligação rapidinho.
Outra coisa que me deixou um bom tempo pensando até o capítulo da corrida até a casa das Hempstock, foi a possibilidade da imaginação dele afetar o sentido real das coisas. Minha cabeça não queria se entregar pois ele poderia esconder algum trauma na sua infância com uma babá ruim em um pensamento distorcido. Só depois de tentar avaliar isso é que pude deixar minha mente vagar livre pela história.
Quanto tempo faz que deixamos nossas mentes superativas vagarem pela nossa história? Quanto tempo faz que não visitamos as coisas que mais gostávamos de fazer na infância? Por que não aproveitamos o presente como ele deve ser aproveitado? Falo isso porque quando éramos pequenos aproveitávamos cada momento com sua intensidade necessária, estávamos de corpo e alma lá. Brincadeiras eram brincadeiras, momentos e família eram para a família. As responsabilidades não podem ser vividas de outras formas, devemos aproveitar intensamente cada tempo de estudo, cada momento de trabalho, cada oportunidade de aprendizado. Ver tudo novo, com a perspectiva de quem está de braços abertos para as coisas boas que o mundo podem nos oferecer e utilizar do que aprendemos para filtrar e entender o que é bom. Sermos crianças avidas por aproveitar os momentos bons e velhos sábios para filtrar o que é bom, definindo nosso futuro.
Lettie, sua mãe e sua avó são a representação das três velhas fiadeiras da mitologia gregas, aquelas que tem o fio da vida de cada e decidem quando cortarão o fio. Elas são representadas assim pois simbolizam a infância, a juventude e a velhice. Uma coisa que me fez chegar a essa ideia foi o nome da família: Hemp ( que em português significa cânhamo, no campo têxtil serve para fazer fibra, fio ou tecido) Stock( esse é fácil, significa estoque), Então elas seriam a família do estoque de fios. Claro que o fato do Neil Gaiman utilizar essas figuras em outras obras suas me fez fazer essa ligação rapidinho.
Outra coisa que me deixou um bom tempo pensando até o capítulo da corrida até a casa das Hempstock, foi a possibilidade da imaginação dele afetar o sentido real das coisas. Minha cabeça não queria se entregar pois ele poderia esconder algum trauma na sua infância com uma babá ruim em um pensamento distorcido. Só depois de tentar avaliar isso é que pude deixar minha mente vagar livre pela história.
Quanto tempo faz que deixamos nossas mentes superativas vagarem pela nossa história? Quanto tempo faz que não visitamos as coisas que mais gostávamos de fazer na infância? Por que não aproveitamos o presente como ele deve ser aproveitado? Falo isso porque quando éramos pequenos aproveitávamos cada momento com sua intensidade necessária, estávamos de corpo e alma lá. Brincadeiras eram brincadeiras, momentos e família eram para a família. As responsabilidades não podem ser vividas de outras formas, devemos aproveitar intensamente cada tempo de estudo, cada momento de trabalho, cada oportunidade de aprendizado. Ver tudo novo, com a perspectiva de quem está de braços abertos para as coisas boas que o mundo podem nos oferecer e utilizar do que aprendemos para filtrar e entender o que é bom. Sermos crianças avidas por aproveitar os momentos bons e velhos sábios para filtrar o que é bom, definindo nosso futuro.
Concluindo
O oceano no fim do caminho foi o respiro necessário para o meu eu de agora. É um bom livro para se deixar levar pela magia da inventividade e ao mesmo tempo olharmos com propriedade para nós mesmos, sermos enxergados por Lettie e mostrar a ela que sim! Valeu a pena ela ter nos salvado.
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