Venho trazer até
vocês uma das bandas que afetou a minha vida de uma forma poética.
Digo isso porque quando mais jovem me via inteiramente entregue aos
solos de guitarra e riffs do rock. Como comentei no Como escuto musica,
a letra sempre foi um fator primordial para mim em qualquer canção,
adorava perder horas em dicionário traduzindo as músicas que
estavam em inglês. Era uma parte mais racional de mim, a música
mexia comigo porque achava sentido nos versos e refrões. Não havia
encontrado em outro lugar se não no rock a sensação que retratasse
aquilo que eu sentia. Nenhum ritmo brasileiro havia me pegado, até
que em um certo momento uma amiga (Obrigado Nay!) me apresentou: O
cordel do fogo encantado.
Arco
verde foi o palco inicial do grande espetáculo de mesmo nome da
banda, que logo fez apresentações por todo o estado do Recife.
Após a entrada de dois percussionistas, Nego
Henrique e Rafa Almeida, o
espetáculo cresceu musicalmente e foi rumando ao que seria a banda.
A
banda foi descoberta por todo o Brasil no carnaval de Pernambuco
chamando a atenção do publico e dos críticos. A estrada que a
banda percorreu foi grande e com algumas pedras. Depois de catorze
anos de trabalho com três discos e um DvD, a banda terminou.
Integrantes:
José
Paes Lira – Voz e pandeiro.
Clayton Barros – Voz e
violão
Emerson Calado – Percussão e voz
Nego
Henrique – Percussão e voz
Rafa Almeida – Percussão e voz
Essa
história vocês encontrarão em pesquisas rápidas se precisarem, o
meu objetivo com esse post é reavivar a poesia e lirismo que essa
banda trouxe. Apresentar
e reapresentar.
O primeiro Cd que tinha como título apenas
“Cordel do fogo encantado” no nome, traz forte a característica
teatral fazendo com que as músicas e a ordem que foram dispostas,
possam formar uma linha
de narrativa.
A história que você acompanhará de ouvido e alma. A faixa que mais
me marcou nesse disco foi Salve: Alto do Cruzeiro (ou Auto do Cruzeiro)
O
segundo disco traz em si a experimentação e a aridez como foco,
sempre com muita poesia. A faixa que mais me marcou: A árvore dos Encantados
O
terceiro álbum é o que mais gosto, pois ele conseguiu trazer em si
toda a dualidade dessa banda, toda a sequidão
e toda a beleza.
Um
exemplo bom é quando faz a transição da música “Louco de Deus”
que traz em si uma toada leve e logo em seguida vem a porrada “Morte
e vida Stanley” escutem: Louco de Deus
Há
tambem o Dvd em que eles conseguem costurar de forma magistral
algumas musicas de todos os Cds. Depois de escutar o Cordel, passei a
buscar mais tipos musicais e me encantar com cada possibilidade que a
música brasileira nos oferece. Uma última coisa, achei projetos de
dois integrantes: Clayton e Lirinha
Nenhum comentário:
Postar um comentário