Olá pessoal,
Por demanda de uma atividade do Grupo Sol de Arte Espírita me senti impulsionado a fazer uma pesquisa para tocar músicas com a sonoridade árabe. Por causa disso, reuni vários materiais e artigos e escrevi para estudo o material que apresento aqui.
É um apanhado que não deve ser tomado como verdade absoluta, mas como o esforço de alguém que ama a música.
Vou publicar esse artigo em três partes e caso encontrem erros, ou queiram fazer comentários, fiquem à vontade para nos enviar suas impressões.
Vamos lá?
INTRODUÇÃO
Ao se estudar música é perigoso pensarmos que há uma fórmula pronta para tudo. Existem muitos direcionamentos, mas acredito que não devemos deixar de experimentar e arriscar. Por isso, nesse artigo tenho o intuito de deixar algum material de base para que se possa desenvolver alguns temas com sonoridade árabe, impulsionado pela demanda da peça “Lalau e as dezesseis Marias”, mas que ele seja um começo, um estímulo da criatividade, que possa ajudar a direcionar os trabalhos, na mente e no coração.
A sonoridade de música “árabe” tal qual conhecemos é composta por diversos elementos. Essa sonoridade fica ainda mais diversificada ao pensarmos que na música oriental há a inclusão de instrumentos conhecidos como não temperados. Para explicar, deve-se diferenciar, de forma simplificada, que instrumentos temperados são aqueles onde as notas são “demarcadas” (pelos trastes do violão, por exemplo). Nesse caso temos um conjunto de 12 notas (de dó a si e seus acidentes) e o intervalo mínimo entre duas notas é de um semi-tom (intervalo entre Dó e Dó sustenido, por exemplo).
Já nos instrumentos não temperados não há uma demarcação física para as notas. Neles, a posição do dedo um pouco para a direita ou para a esquerda, por exemplo, pode mudar uma nota. Se nos instrumentos temperados temos como intervalo mínimo um semi-tom (ou meio tom), nos não temperados temos diversos microtons entre o Dó e o Dó sustenido.
Para o começo dos experimentos, vou enumerar algumas escalas para instrumentos temperados por onde podemos começar.
ESCALAS COM SONORIDADE ÁRABE PARA INSTRUMENTOS TEMPERADOS
A escala árabe é uma maneira de organização melódica, formada por notas bem semelhantes à formação da escala diatônica ( maior e menor). A escala árabe pode ser entendida também com maior ou menor.
Escala árabe maior
A escala árabe maior apresenta um alteração de um semitom abaixo no segundo grau e no sexto grau de sua escala.
Escala árabe maior
A escala árabe maior apresenta um alteração de um semitom abaixo no segundo grau e no sexto grau de sua escala.
Ex: do - reb - mi - fa - sol - lab - si - do .
I IIb III IV V VIb VII VIII
Para essa escala fiz um experimento que me agradou muito. Usando a teoria de construção de campo harmônico (que pode ser acessada no post "As melhores vídeo aulas"), construí o campo dessa escala, que ficou da seguinte forma:
Em tríades: C Db Em Fm G(5-) Ab(5+) B9(5-)
Em tétrades: C7M Db7M Em6 Fm7M G7(5-) Ab7M(5+) B9(5-/6)
Com esse pensamento, pode-se mesclar esses acordes e improvisar na escala sugerida.
Para essa escala fiz um experimento que me agradou muito. Usando a teoria de construção de campo harmônico (que pode ser acessada no post "As melhores vídeo aulas"), construí o campo dessa escala, que ficou da seguinte forma:
Em tríades: C Db Em Fm G(5-) Ab(5+) B9(5-)
Em tétrades: C7M Db7M Em6 Fm7M G7(5-) Ab7M(5+) B9(5-/6)
Com esse pensamento, pode-se mesclar esses acordes e improvisar na escala sugerida.
Escala árabe menor
A escala árabe menor é semelhante à uma escala diatônca menor harmônica, com uma diferença do IV que é aumentado
Ex: lá - si - do - re# - mi - fa- sol# - lá
I II IIIb IVM V VI VII VIII
Podemos ver exemplos nos vídeos abaixo.
Existem ainda diversas sonoridades que podem ser trabalhadas, como por exemplo:
Escala Egípcia 1
Ex: A - B - D - E - F#
(I – IIM - IV - V – VIM)
Ainda podemos citar:
Escala Egípcia 2
Ex: A - A# - C# - D - E - F - G
(I - IIm - IIIM - IV - V - VI - VII)
OBS 1: Uma das conclusões que tirei, é que a sonoridade de semitons, dão um som muito característico nesse tipo de música, como por exemplo os semitons entre C e Db, entre E e F e entre G e Ab.
OBS 2: Percebe-se que essa sonoridade buscada é parecida com a sonoridade do violão flamenco, o que dá possibilidades muito boas para compor e improvisar.
Veja abaixo alguns vídeos mostrando escalas e sonoridades
OBS 1: Uma das conclusões que tirei, é que a sonoridade de semitons, dão um som muito característico nesse tipo de música, como por exemplo os semitons entre C e Db, entre E e F e entre G e Ab.
OBS 2: Percebe-se que essa sonoridade buscada é parecida com a sonoridade do violão flamenco, o que dá possibilidades muito boas para compor e improvisar.
Veja abaixo alguns vídeos mostrando escalas e sonoridades
Essa é a primeira parte do estudo. Testem esse pensamento e busquem alternativas. Mandem para nós suas impressões, vídeos, gravações, dúvidas e sugestões e teremos o maior prazer em responder-lhes!
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