Olá meus amigos!
Hoje gostaríamos de trazer um pouco de teatro aqui no Clave!
Certamente muitos leitores já tiveram o prazer de assistir apresentações dessa arte fantástica que é o teatro. Espero, de coração, que tenham guardado alguma ou algumas peças como tão boas que você sente até saudades de assisti-la.
Temos um privilégio muito grande pois a cena artística de BH é muito vasta e foi aqui que assisti as melhores peças que mais me marcaram e é sobre elas que falarei nesse post.
ARRISCAMUNDO
Sinopse: O fio condutor do espetáculo é um encontro inusitado entre um
monge do século XVI, que pretende desenhar o mapa-múndi a partir do relato de
viajantes, e uma pesquisadora contemporânea, que questiona os valores da
subjetividade e da objetividade da confecção de sua cartografia. Nesse embate
transtemporal, estórias-relatos, que subsidiaram o monge na confecção de seu
mapa, desenrolam-se em cena e anunciam o jogo entre duas percepções distintas
de mundo, uma mítica e outra racionalista. Trata-se de uma busca alegórica do
sentido da vida, em que a fantasia e a aventura contrapõem-se à elaboração
intelectual da realidade percebida.
Na ocasião escolhemos essa peça ao acaso entre as muitas montagens do festival chamado "Verão Arte Contemporânea". Essa história foi dramatizada em um Oficinão do Galpão, " uma parceria entre o Galpão Cine Horto e um diretor/pesquisador, que coordena, ao longo de um ano, o processo de construção de um espetáculo, além da participação de atores do país inteiro que se inscrevem para integrar a iniciativa".
Fomos sem muitas expectativas.
Confesso que poucas vezes fiquei tão impressionado com uma montagem artística, como fiquei com essa. Os personagens eram incríveis e os atores idem. Conhecemos histórias de personagens como a "Catadora de Belezas Desprezíveis", "Fra Mauro" e outros tantos.
Uma frase me marcou e nunca mais esqueci: "Nenhuma história é pequena de mais que não mereça ser contada, nem grande de mais que não possa ser comparada a um grão de areia."
UM PEQUENO GOSTINHO
https://www.youtube.com/watch?v=CVpsBCGD7r8
Infelizmente não há muitos registros dessa peça. =(
O HOMEM QUE CHOVIA
Sinopse: "O Homem que Chovia” é um musical, original e inédito da Cia Caixa de Fósforos. A peça conta a saga de Leon, um jovem que vivia em um lugar árido, onde a chuva era escassa e a água estava sempre suja. Em determinado momento de sua vida, ele descobre possuir o dom de fazer chover e decide levar sua àgua cristalina para todo o povo. Esta água vem com o sabor da esperança, da bondade e do amor. Mas como todo aquele que leva uma nova proposta, nosso herói é mal interpretado pelos homens da cidade.
Ficha técnica: O HOMEM QUE CHOVIA
Gênero: Drama | Classificação: 12 anos | Duração: 80 min
Autor: Adriano Gilberti | Diretor: Jair Raso | Elenco: Thiago Pagani,Harley Winter, Adriano Gilberti, Wellington Braga, Fabiane Aguiar, Cassia Juliana, André Jaued e Adriano Alves. | Cenógrafo: Rogério Peres | Figurinista: Adriano Alves | Iluminador: Jair Raso
Convidado pelo amigo André Jaued, grande músico, ator, pesquisador e participante da montagem, tive o prazer de assistir a essa peça. Como toda obra, acredito que todos que assistirem terão uma aplicabilidade para a mensagem passada. Quem é Leon? O que é a água? São perguntas que, certamente, possuem diversas respostas de acordo com as experiências de cada espectador, mas independente disso, me arrisco a dizer que será um linda experiência para cada um.
Com um elenco fantástico, uma linda trilha sonora e com uma qualidade de montagem excepcional, mesmo sendo muito simples, essa história me comoveu e me alegrou imensamente.
O grupo responsável por trazer essa história é a "Compania Caixa de fósforo".
Quem não tiver a grata possibilidade de assistir ao "Homem que chovia", o grupo lançou em 2013 o audiobook da trama, que pode ser comprado pelo email: caixadefosforos06@gmail.com, pelo valor de 25 reais.
Há também um podcast sobre esse audiodrama, que vale muito a pena ser conferido, ele se chama PODSABER. Confiram, pois vale muito a pena.
UM PEQUENO GOSTINHO
MORTE E VIDA SEVERINA
Sinopse: A trama segue a história de Severino, um retirante nordestino que abandona o sertão rumo ao litoral. Em sua caminhada ele encontra os irmãos das almas e acaba tomando o lugar deles. Ele descobre que a morte é uma fonte de trabalho e renda na região. Ao longo de sua caminhada, assiste a enterros e cortejos fúnebres, convivendo sempre, de perto, com a morte.
Em um momento crítico em sua jornada, fica sabendo do nascimento de um menino, fato que trás muita alegria a todos. Severino assiste ao contentamento diante da notícia no surgimento da criança, a quem vizinhos, amigos e parentes vão levar presentes e adorar como a Cristo.
Ficha técnica: Morte e vida Severina
Gênero: Drama | Classificação: 12 anos | Duração: 70 min
Na companhia de minha namorada fui assistir "Morte e vida Severina" na "Campanha de Popularização do Teatro e da Dança".
É possível você se transportar para os momentos e para as emoções de Severino. A intensidade do texto e das músicas, potencializadas por atores espetaculares, tornam a ida ao teatro um momento quase mágico.
Ao entrar no teatro, a ambientação musical é simples, objetiva e encantadora. Apenas um violão, de Evaldo Nogueira, mas o suficiente. Os momentos de canto em coro são inúmeros e há a impressionante representação da morte, por Luiz Gomide cantando a música "Carcará" de Chico Buarque, da trilha original da peça.
A energia é intensa ao longo da peça. Momentos de rir e de chorar são inúmeros e a qualidade geral do espetáculo é imensa.
UM PEQUENO GOSTINHO
LISBELA E O PRISIONEIRO
Sinopse: Sertão nordestino, 1940. A sonhadora Lisbela, filha de Tenente Guedes, delegado de Vitória de Santo Antão, está de casamento marcado com um advogado da cidade, quando se apaixona por Leléu, um incorrigível conquistador, artista mambembe de circo, que está preso pelo excesso de suas paixões. A atração é recíproca e este casal anticonvencional assumirá grandes riscos em nome de sentimentos intensos.
Ficha técnica: Lisbela e o Prisioneiro
Gênero: Comédia | Duração: 70 min
Autor: Osman Lins | Diretor: Ricardo Batista | Elenco: Fernanda Botelho, Guilherme Oliveira, Luciano Luppi, Fernando Veríssimo, Geraldo Carrato, João Ferreira, Edu Costa e Rubens Ramalho
Já conhecia e adorava o filme, agora gosto ainda mais da história de amor entre Leléu e Lisbela. Tudo agrada nessa montagem. O cenário, a iluminação e os atores. Tudo perfeito.
A construção feita não deixa que o ritmo "caia" em momento algum. As risadas são certeza e a empatia com os personagens é inevitável. E tudo isso sem apelações e com o "tempo da comédia" muito bem praticado.
Ir assistir a esse tipo de peça é certeza quase absoluta de conhecer atores desconhecidos, mas muito bons, como Guilherme Oliveira (Leléu) e Fernanda Botelho (Lisbela).
Além disso, os soldados, prisioneiros e Frederico Evandro tem o seu lugar mais que especial nas cenas desse presente da dramaturgia.
UM PEQUENO GOSTINHO
Esse registro não é definitivo. Já assisti muitas coisas boas e espero assistir ainda mais. E vocês? Qual a peça lhes marcou mais? Mandem suas experiências para nós!
Grande abraço!
Thiago Oberdan de Matos
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