"Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
A outra metade é silêncio"
Muitos de vocês, podem já conhecer esse texto sensacional do Oswaldo Montenegro, mas gostaria de falar sobre como o conheci.
Existem algumas épocas em nossa vida, em que o medo, a indecisão e a insegurança são mais fortes. Creio que uma dessas épocas é a do vestibular. Os seus planos para o "próximo semestre" baseiam-se em estar na universidade. Mas e se não passar?
Muitos de nós já tivemos esse momento e me lembro que há cinco anos estava esperando para entrar e fazer a prova. Como tinha chegado com certa antecedência, fiquei por ali lendo anúncios nos murais da universidade. Mas sabe quando você está lendo só para não ficar sem fazer nada? Você lê, mas não absorve. Muitas vezes você só passa o olho e vai para o próximo. Assim estava eu, até que parei diante de um desses cartazes, onde estava escrito o trecho citado no início. Foi engraçado e ao mesmo tempo um pouco assustador. Aqueles versos me fortaleceram de tal forma, que servir não somente para aquele momento, mas para muitos outros, como por exemplo, para o momento em que recebi o resultado negativo desse vestibular em questão. Mesmo estando triste e com medo do que viria adiante, me vinha a mente
"Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio"
Conto essa história, pois acredito ser esse o papel da arte: "TOCAR".
Com o perdão do trocadilho, sinto que o papel da música, da dança, da pintura, fotografia, enfim, da arte como um todo, seja tocar o sentimento das pessoas. É claro que isso pode ser usado para o mal, mas acredito na força do bem e em como as expressões artísticas podem ser uma forte ferramenta para difundir alegria, esperança, acalento...
Indico esse texto/música chamado "METADE", de Oswaldo Montenegro, que fez diferença me dando coragem, naquele momento de medo!
Segue o vídeo e espero que ele os inspire assim como a mim. E fica a pergunta:
E a você, qual é a arte que te toca?
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